sexta-feira, 11 de junho de 2010

Plenitude

Um lago fundo, nunca pensei que fosse
Imóvel, plácido, taciturno
Respirando a brisa que incerta me bate
De tédio, de glória, de tudo

Mas fosse ainda azar minha sorte
O veneraria; de tudo me enche
Queima-me os lábios, faz-me fraco, forte
Louco, sóbrio, num gozo fervente

E quando beire a morte
Ainda que fôlego me sobre
Faz-me cativo, faz sul meu norte

E pleno, então,
Por ti imundo e nobre
Sou servo eterno de teu condão

Mylena Perez

Um comentário:

Ricardo disse...

Marvilhosos versos. =)