quarta-feira, 25 de setembro de 2013

De Tempo e Dor


Sorrisos,risos.disso nada além
Lembranças são, pouco se mantém
Apenas vulto, turvo espasmo efêmero
Vestígio morto do que já vivi

E comigo o tempo,por todo caminho
Num lembrar constante do sofrer sozinho
Fez da alma velha,desprezada e só
E apegou-se a dor,fê-la ombro amigo

E num turbilhão de sentimentos mil
Fez do bem o mal,fez do bom o vil
Trazendo a dor a uma constante incômoda
Reduzindo-me a alma a nada mais que sombra

E se não mais há o que se faça agora
Que não sentir o badalar das horas
Que eu seja tudo e nada em mim se perca
Que o sinta o nada ,e o nada tudo seja

Mylena Perez
25/09/2013