quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Poesia Sem Nome


No fundo da gaveta ela aguarda um coração
Um coração que se sinta amado pelas palavras nela escritas
No fundo da gaveta ela aguarda um coração
Poesia sem nome, em seu recanto de solidão

No escuro onde foi escondida, as lágrimas mancham seu texto
Lágrimas que correm a esmo, que correm sem pretexto
No fundo da gaveta ela aguarda um coração
Poesia sem nome, em seu recanto de solidão

Às vezes pensa nunca ter sido amada
Apesar do amor que demonstrou por todos, era como se não fosse notada
No fundo da gaveta ela aguarda um coração
Poesia sem nome, em seu recanto de solidão

Quando ela foi escrita, seu autor nela pôs seu coração
Mas o tempo passou, e agora aqueles que antes a liam cheios de emoção
Lêem-na rindo-se, em tom de gozação
No fundo da gaveta ela aguarda um coração. Poesia sem nome, em seu recanto de solidão

Quem dera agora dar-lhe um nome que servisse de consolação
Mas na falta deste se dirá: Poesia triste. Eis aqui o seu refrão
Poesia triste, no fundo da gaveta ela aguarda um coração
Poesia morta, em seu túmulo de solidão




(Mylena Perez)

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