quinta-feira, 3 de abril de 2008

Última poesia

Última poesia passeia em meus olhos fechados
Seus versos refletem luz do luar
Eu a perdi já faz muitos sonhos
E nunca mais pude suas estrofes formular

Ainda hoje me assombra
E é como se dela eu não pudesse me livrar
Noites de gritos, suspiros e frases
Ainda essa vã procura a me torturar

Lágrimas chovem sobre meu corpo nu
E é como se uma nuvem me acompanhasse
Enquanto corro pelas ruas da minha memória
Em busca apenas de uma lembrança relevante

Opiniões, pensamentos, nada parece real
Não há luz no fim do túnel, somente escuridão
Talvez seja a minha consciência (ou a falta dela)
Que imprima sonhos em minha insônia constante

Perco-me num beco escuro da minha mente
Uma lembrança me faz de refém
Um mistério, um eco, um tiro no escuro
O suicídio de uma mentira no silêncio se mantém

Uma folha branca se ilumina em sonho
Tinta! Terna poesia vem me acordar
Acordo do sono sem nunca ter dormido
Para uma última poesia terminar

Mylena Perez

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