terça-feira, 9 de outubro de 2007

Nas nuvens

Nas Nuvens

Por que alguém escreveria uma crônica sobre as nuvens?! Não sei. Por que eu escrevi? Também não sei, mas alguma coisa nelas sempre me atraiu. Quando criança era − posso dizer com certeza− o fato de se parecerem com gigantescos algodões doces de coco. Não ria! SE fosse criança também te pareceria incrível a idéia de que pudessem existir pedaços gigantes de algodão doce de coco flutuando no céu. Bom , ma eu era apenas uma criança!
Quando adolescente − creio eu– que o que mais me intrigava nas nuvens era a sua natureza. Convenhamos não te parece maravilhoso o fato das nuvens serem enormes massas de vapor d’água pronto para se condensar? A mim parecia surreal! Ao olhar para elas era como se elas fossem precipitar a qualquer momento! Mas essa sede por seu conhecimento se foi junto com aquela mente sonhadora da adolescência.
Quando adulto o que mais me interessava sobre as nuvens é que ao olhá-las, elas se transformavam no que eu quisesse, até mesmo num gigante pedaço de algodão doce de coco flutuante (digo isso porque sabemos que todo adulto quer ser criança novamente). Mas para mim, as nuvens eram lembranças, poderiam ser o peixe que eu tinha ganhado quando criança ou um amigo de infância. Podiam ter cores e cheiros. E assim, minhas aliadas, as nuvens aliviavam o stress do meu dia-a-dia. Mas isso tudo também passou.
Agora o que mais me fascina nas nuvens é como quando eu olhava de baixo eram quase transparentes, mas hoje olhando por cima são tão densas (quase concretas) que escondem toda a dor e sofrimento do mundo lá em baixo. Por que alguém escreveria uma crônica sobre as nuvens? Eu não sei. Por que eu escrevi? Também não sei, mas algo nelas sempre me atraiu.





By: Mylena Britto Perez

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